Eclipse Lunar Total: Tudo Que Você Precisa Saber

Vamos começar o texto com uma grande ADVERTÊNCIA: O ECLIPSE COMEÇA NA NOITE DE DOMINGO! E precisava ser em caixa alta e negrito? Precisava! Como o máximo do eclipse acontece na madrugada do dia 16 (segunda-feira), não queremos correr o risco de deixar ninguém achando que é pra começar a observar na noite de segunda! Já pensou, perder o melhor eclipse lunar para observadores no Brasil dos últimos anos?

Na noite de domingo pra segunda, a Lua cheia, cruzando o plano da órbita terrestre – o plano que não por coincidência chamamos de eclíptica, afinal, é nele que ocorrem os eclipses – passará pela sombra da Terra, produzindo o que há milênios permitiu que tivéssemos certeza de que a Terra é uma esfera! Como? Essa é fácil: a sombra que a Terra projeta durante os eclipses é sempre circular e o único objeto que sempre projeta uma sombra circular, não importa como seja iluminado, é uma esfera.

Agora vamos ao que importa para a observação! A imagem acima detalha os horários de cada ponto importante do eclipse (no horário de Brasília) e valem pra qualquer observador que consiga ver a Lua nesses horários, ou seja (se a meteorologia não atrapalhar), todo o Brasil!

A fase penumbral do eclipse se inicia às 22:32, mas essa é uma fase praticamente imperceptível. A queda no brilho da Lua é muito pequena e apenas com o eclipse mais avançado vai ficar mais evidente que algo diferente está acontecendo. É só às 23:27 que a Lua toca a umbra, a região mais escura e com contorno definido da sombra terrestre. A partir daí percebemos a mordida da sombra na Lua cheia.

Como Observar?

Para observar um eclipse lunar não é necessário nenhum instrumento e, ao contrário dos eclipses solares, não é preciso usar nenhum tipo de proteção. É seguro observar toda a duração do eclipse a olho nu. Mas se você tem instrumentos à disposição, telescópios e binóculos podem ser usados e com eles é possível inclusive perceber melhor o deslocamento da sombra da Terra pelas crateras e outras formações da superfície lunar. Experimente cronometrar os eventos mais importantes, como o início da parcialidade, quando a Lua toca o contorno da sombra da Terra (início do eclipse parcial), quando ela entra completamente na sombra (totalidade) e quando ela começa a deixar a sombra até o fim da parcialidade. Você pode também cronometrar os instantes em que a sombra toca a borda de uma cratera e o instante em que a cratera é completamente encoberta.

A única coisa que pode realmente impedir uma boa experiência na observação do eclipse é um céu encoberto. Mas o Observatório Nacional reunirá em seu canal no youtube, numa edição especial do já tradicional O Céu em Sua Casa, a transmissão de vários observatórios espalhados pelo país e certamente vários deles terão belas imagens para compartilhar durante o evento! Fique de olho na transmissão a partir das 23h15.

Lua: Mares, oceanos e baías numa superfície desértica.

A face visível da Lua é marcada por vastas planícies escuras que contrastam com o terreno mais claro e mais acidentado do restante da superfície lunar. Apesar de não haver água no estado líquido na superfície da Lua, essas regiões recebem o nome de oceanos, mares, lagos e baías.

O mares lunares são na verdade um deserto seco e correspondem a regiões inundadas pelo basalto originado na atividade vulcânica lunar (https://doi.org/10.1029/2000JE001244) no período compreendido entre 4 e 1,1 bilhões de anos atrás(aqui é bom lembrar que no português brasileiro 1 bilhão equivale a 1.000.000.000).

A face visível da Lua (imagem da esquerda) e seu lado oculto (à direita) em mosaico composto por imagens da Lunar Reconnaissance Orbiter [crédito: NASA]

Por se tratar de regiões mais jovens do terreno, os mares exibem menos crateras de impacto que as regiões mais antigas e elevadas. Além disso, os mares possuem albedo mais baixo, refletindo menos luz e parecendo mais escuros, destacando-se – mesmo a olho nu – contra o terreno mais claro.

Os primeiros mapas a nomear acidentes do relevo lunar datam do século XVII e já registravam as planícies basálticas como mares e oceanos. Os mapas de Langrenus (1645), Hevelius (1647) e Riccioli (1651) traziam denominações distintas para os mares e para as demais formações da topografia da Lua. O sistema adotado por Riccioli é o que mais se aproxima da nomenclatura moderna, padronizada pela União Astronômica Internacional a partir da aprovação do mapa e catálogo Named Lunar Formations compilado por Mary Blagg e Karl Müller e publicado em 1935.

Mapa da Lua publicado em 1645 por Michael von Langren, o primeiro a atribuir nomes a formações da topografia lunar.
Mapa da Lua de Johanes Hevelius, publicado em 1647 na obra Selenographia.
Mapa lunar desenhado por Grimaldi e publicado por Giovanni Battista Riccioli no Almagestum Novum em 1651 [ETH-Bibliothek Zürich ]

O atlas de Blagg e Müller foi um primeiro passo na universalização da nomenclatura lunar, mas o aumento da resolução das fotografias lunares capturadas em telescópios terrestres e o mapeamento do lado oculto da Lua por espaçonaves exigiu sucessivas atualizaçoes nos mapas lunares nas décadas seguintes. Um curioso episódio seguiu o envio das primeiras imagens da face oculta da Lua pela sonda soviética Luna 3. Os cientistas soviéticos batizaram uma das raras planícies basálticas naquele lado da Lua de Mare Moscoviense, quebrando a tradição de nomear mares com nomes relacionados a àgua (Mar das Chuvas, Oceano das Tempestades…) ou a estados de espírito (Mar da Tranquilidade, Mar da Serenidade…) para o desconforto dos mais apegados à nomenclatura histórica.

A Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU General Assembly) de 1961 estabeleceu que além das regras em voga, ficasse estabelecido que: “Grandes áreas escuras são designadas por denominações em latim referentes a estados de espírito. Estes nomes são associados, de acordo com as regras de declinação e grafia do latim, aos substantivos apropriados: Oceanus, Mare, Lacus, Palus or Sinus. (As exceções Mare Humboldianum e Mare Smythii são mantidas, por estarem consagradas pelo uso). “

“Large dark areas are designated in Latin denominations calling up psychic states of minds. These names are associated, according to the Latin declination ruIes and spelling, to one of the appropriate substantives: Oceanus, Mare, Lacus, Palus or Sinus. (The exceptions, Mare Humboldianum and Mare Smythii, are preserved, due to long usage).” [XIth General Assembly. Berkeley, USA 1961]

A solução para o impasse soviético veio daí! Reza a lenda que o astrônomo Aldouin Dollfus, muito diplomaticamente, estabeleceu que o nome Mare Moscoviense estava de acordo com a regra, porque Moscou é um “estado de espírito”.

Mapa topográfico da Lua criado a partir de dados da sonda chinesa Chang-E1.

Agenda Astronômica: Efemérides de Abril

Fases da Lua

FaseDia – Hora
Cheia28/03 – 15:48
Minguante04/04 – 07:02
Nova11/04 – 23:30
Crescente20/04 – 03:58
Cheia27/04 – 00:31
Fases da Lua para o mês de Abril/2021.

Calendário de Eventos – Abril/2021

1
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4Lua Minguante
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6Lua 4º ao Sul de Saturno (Visível no horizonte leste antes do amanhecer)
7Lua 4º ao Sul de Júpiter (Visível no horizonte leste antes do amanhecer)
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11Lua Nova
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14Lua no Apogeu (406 139 km)
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17Lua 4º a nordeste de Marte ao anoitecer (horizonte oeste)
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20Lua Crescente
21Pico da chuva de meteoros Lirídeos. Taxa horária zenital: 18 meteoros.
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27Lua Cheia
Lua no Perigeu (357 373 km)
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29Lua 5º ao norte de Antares (alfa do Escorpião)
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Efemérides de Março

Fases da Lua

FaseDia – Hora
Minguante05/03 – 22:30
Nova13/03 – 07:21
Crescente21/03 – 11:40
Cheia28/03 – 15:48
Fases da Lua para o mês de Marco/2021.

Calendário de Eventos – Março/2021

1
2– Lua no perigeu (365,4 mil km)
3– Marte a menos de 3º das Plêiades (Visível a partir do pôr do Sol durante toda a semana)
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5– Lua Minguante (22:30)
– Conjunção entre Júpiter e Mercúrio (menos de 0.5º) visível sobre o horizonte leste antes do nascer do Sol.
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9– Lua, Saturno, Júpiter e Mercúrio juntos no horizonte leste antes do nascer do Sol. Visível até o dia 11/03.
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13– Lua Nova (07:21)
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18– Lua no apogeu (405,3 mil km)
19– Lua a menos de 2º de Marte (Visível após o pôr do Sol sobre o horizonte noroeste)
20– Início do Outono (Hemisfério Sul) – 06:37
21– Lua Crescente (11:40)
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28– Lua Cheia (15:48)
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Marte a menos de 3º do aglomerado aberto M45 (Plêiades) na constelação de Touro, após o pôr do Sol do dia 03/03/2021. [simulação: Stellarium/Céu Profundo]
Marte a menos de 3º do aglomerado aberto M45 (Plêiades) na constelação de Touro, após o pôr do Sol do dia 03/03/2021. [simulação: Stellarium/Céu Profundo]
Júpiter e Mercúrio. Visão em telescópio de 1200mm de distância focal com ocular de 26mm.
05/03/2021 – Na direção do horizonte leste antes do nascer do Sol.
Lua, Saturno, Júpiter e Mercúrio nos dias 09, 10 e 11/03 [simulação: Stellarium/Céu Profundo].

Efemérides: fevereiro/2021

Depois da grande conjunção entre Júpiter e Saturno no fim de dezembro, a temporada de espetáculos planetários ao anoitecer chegou ao fim.
Marte ainda segue visível durante a maior parte da noite, mas Júpiter e Saturno já não ornam o céu vespertino e na segunda quinzena de fevereiro ressurgem rasantes no horizonte leste ao amanhecer, ofuscados pelo brilho do Sol nascente. Mercúrio também poderá ser visto ao amanhecer, mas encontrá-lo é sempre um desafio em meio aos primeiros raios do Sol nascente.

Mas ainda assim há muito o que se observar no céu de fevereiro. Confiram em nossa agenda:

03/02/2021 – Lua 7º ao norte de Spica (alfa da Virgem).
04/02/2021 – Lua Minguante (15h)
06/02/2021 – Lua (32% iluminada) 6º ao norte de Antares (alfa do Escorpião) durante a madrugada.

Lua ao lado de Antares (Alfa do Escorpião) às 4 da manhã do dia 06/01/2021. Simulação para a cidade de São José dos Campos. [Stellarium/Ceu Profundo]

08/02/2021 – Máxima atividade da chuva de meteoros alfa-Centaurídeos (Taxa horária zenital 5~20)
11/02/2021 – Lua Nova (16h)
11/02/2021 – Vênus (magnitude -3.88) e Júpiter (magnitude -1.95) em conjunção. Visíveis sobre o horizonte leste pouco antes do nascer do Sol.
13/02/2021 – Júpiter, Venus, Mercúrio e Saturno visíveis ao nascer do Sol, sobre o horizonte leste. Os planetas estarão muito baixos sobre o horizonte e é necessário uma vista completamente desobstruída nessa direção para observá-los.
18/02/2021 – Lua a 3º de Marte. Visível a partir do pôr do Sol até às 22h30.
18/02/2021 – Pouso do Robô Perseverance em Marte.
19/02/2021 – Lua Crescente (16h)
19/02/2021 – Lua entre os aglomerados Plêiades e Híades.

Marte, Lua, Plêiades e Híades (Touro) no dia 19/01/2021. [Stellarium / Céu Profundo]


27/02/2021 – Lua Cheia (05h)

Fases da Lua

FaseDia
Minguante04/02
Nova11/02
Crescente19/02
Cheia27/02

Marte encontra Urano!

Um mês após o espetáculo exuberante da Grande Conjunção de Júpiter e Saturno em dezembro de 2020, uma dupla bem mais discreta se forma nos céu de janeiro, especialmente entre os dias 18 e 21: Marte e o distante Urano se alinham no céu noturno e oferecem uma excelente oportunidade para observação com binóculos ou pequenos telescópios.

Quando em oposição, Urano atinge magnitude 5.5, o que o coloca dentro do limite de visibilidade a olho nu para observadores em regiões muito escuras, longe da poluição luminosa das áreas urbanas. Mas isto não o torna um alvo fácil. Seu discreto tamanho angular não torna fácil diferenciá-lo das estrelas observadas no mesmo campo. Apenas o tom azul esverdeado o denuncia. Então, a presença de um objeto de referência, como Marte, torna mais fácil o trabalho de localizá-lo no céu, sobretudo para iniciantes.

Então vamos às dicas: a máxima aproximação acontece na noite do dia 20/01, quando os planetas estarão separados por pouco mais de 1,5º na esfera celeste. Isso corresponde a 6 vezes o diâmetro aparente da Lua Cheia.

Lua, Marte e Urano no dia 20/01/2021 [Simulação: Stellarium]

Na mesma data (20/01), a Lua também se junta à composição, passando a pouco menos de 7º ao Sul da dupla de planetas.

Lua, Marte e Urano no dia 20/01/2021 [Simulação: Stellarium]
Céu sobre o horizonte noroeste às 20h do dia 20/01/2021 em São José dos Campos (SP) [simulação: Stellarium]

Para encontrar esses astros reunidos, olhe na direção noroeste por volta das 20h. Marte é o objeto mais brilhante e avermelhado nesta direção. Mas cuidado para não confundir: um pouco mais ao Norte, um outro astro vermelho pode chamar a atenção – Aldebaran, a estrela mais brilhante na constelação do Touro. A configuração não muda muito durante a semana e a única diferença significativa é a presença da Lua no dia 20.

Observando o Eclipse Solar: Todas as Dicas.

Eclipse solar do dia 02 de Julho de 2019 em Vicuña, no Chile. [Wandeclayt Melo/Céu Profundo].

Um eclipse total do Sol costuma atrair multidões para a estreita faixa onde a totalidade é visível. Foi assim no dia 2 de julho de 2019, quando uma das mais privilegiadas regiões do mundo para a astronomia foi presenteada com um eclipse total. Mais de 280 mil pessoas, de todo o mundo, concentraram-se na região de Coquimbo, no norte do Chile, para testemunhar pouco mais de dois minutos de escuridão em pleno dia. A região é famosa por abrigar grandes telescópios em observatórios famosos como o Observatório Interamericano de Cerro Tololo, ESO – Cerro La Silla, Gemini Sul e SOAR.

O “anel de diamante” é uma das mais belas fases de um eclipse total, formado instantes antes da totalidade. Imagem registrada em 2 de julho de 2019, em Vicuña (Chile). [Wandeclayt Melo/Céu Profundo].

Nesta segunda (14/12), o Chile é novamente agraciado com um eclipse total do Sol, desta vez cobrindo a bela região de lagos e vulcões ao Sul do país, passando pelas cidades de Pucón e Villarrica. Infelizmente, o cenário é bem diferente daquele do já distante julho de 2019. Em meio à pandemia da COVID-19, as multidões de caçadores de eclipses não poderão seguir sua peregrinação em busca da sombra da Lua. Mas mesmo sem poder viajar para observar a totalidade do eclipse, observadores em grande parte do Brasil poderão testemunhar parte do fenômeno.

Faixas de visibilidade do eclipse solar do dia 14 de dezembro de 2020. [gráfico: timeanddate.com]

Segurança em primeiro lugar!

Mas antes de tudo, três regras fundamentais:

  • Jamais olhe diretamente para o Sol!
  • Jamais olhe diretamente para o Sol!
  • E nunca é demais repetir: Jamais olhe diretamente para o Sol!


Use filtros apropriados para observação solar e na ausência desses, use filtros para solda elétrica Nº 14 (Você pode encontrá-los em lojas de ferragens ou de materiais de construção). Olhar diretamente para o Sol pode causar danos irreversíveis à visão.

Agora que você já memorizou essas três importantes regras podemos seguir adiante!

Quando e onde observar?

Observadores no Rio Grande do Sul observarão a Lua ocultando entre 50% e 60% do Sol e à medida que nos afastamos para o norte veremos uma fração progressivamente menor do Sol ser encoberta pela Lua. O eclipse não é observável no Amazonas, Roraima, Pará, Maranhão, norte do Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Fique de olho nos horários do máximo do eclipse (no fuso horário local) e na porção do Sol encoberta pela Lua em sua cidade:

Pelotas – Máximo do eclipse 13:47h (61% Eclipsado)
Porto Alegre – Máximo do eclipse 13:51h (54% Eclipsado)
Santa Maria – Máximo do eclipse 13:43h (53% Eclipsado)
Florianópolis – Máximo do eclipse 13:58h (45% Eclipsado)
Curitiba – Máximo do eclipse 13:57h (37% Eclipsado)
Londrina – Máximo do eclipse 13:51h (30% Eclipsado)
São Paulo – Máximo do eclipse 14:05h (31% Eclipsado)
São José dos Campos – Máximo do eclipse 14:07h (31% Eclipsado)
Campinas – Máximo do eclipse 14:04h (29% Eclipsado)
São José do Rio Preto – Máximo do eclipse 13:57h (22% Eclipsado)
Rio de Janeiro – Máximo do eclipse 14:14h (31% Eclipsado)
Vitória – Máximo do eclipse 14:22h (24% Eclipsado)
Belo Horizonte – Máximo do eclipse 14:13h (21% Eclipsado)
Uberlândia – Máximo do eclipse 14:02h (19% Eclipsado)
Campo Grande – Máximo do eclipse 12:39h (21% Eclipsado)
Cuiabá – Máximo do eclipse 12:32h (8% Eclipsado)
Brasília – Máximo do eclipse 14:03h (8% Eclipsado)
Salvador – Máximo do eclipse 14:30h (6% Eclipsado)
Aracaju – Máximo do eclipse 14:34h (3% Eclipsado)
Maceió – Máximo do eclipse 14:37h (2% Eclipsado)
Recife – Máximo do eclipse 14:39h (0,5% Eclipsado)

Para outras localidades, consulte o serviço www.timeanddate.com

E a meteorologia?

Cobertura de nuvens de grande altitude durante o eclipse. [Windy.com]

A meteorologia não está com grande disposição para ajudar os observadores deste eclipse. Nuvens de grande altitude cobrem a maior parte do território brasileiro, comprometendo nossa observação. Se serve de consolo, para a região de Pucón e Villarrica, no Chile, o prognóstico também não é muito favorável e seria ainda mais frustrante estar lá e não conseguir observar. 🙁

Efemérides de novembro de 2020

Horizonte leste no amanhecer de 13 de novembro de 2020. A Lua aparece cercada pelos planetas Vênus e Mercúrio e pela estrela Spica - a mais brilhante na constelação da Virgem.
Amanhecer do dia 13 de novembro de 2020. A Lua surge acompanhada dos planetas Vênus e Mercúrio e da estrela Spica – a mais brilhante da constelação de Virgem.

Novembro chegou, o ano está acabando e trouxemos pra vocês uma lista bem legal de efemérides pra observar no céu noturno ao longo do mês! Tem conjunções entre a Lua e os planetas, chuvas de meteoros e até um eclipse penumbral. Mas vamos gerenciar as expectativas! A gente explica tudo pra você.

Atenção: todos os fenômenos listados podem ser observados a olho nu. Os horários são aproximados e estão na hora oficial de Brasília e se referem ao momento a partir do qual a observação é possível, e não necessariamente do pico do fenômeno em si (a menos quando informado). O horário exato e qualidade da observação dependem da latitude do observador. 

03/11 – Lua começando a minguar próxima à estrela Aldebarã, a mais brilhante da constelação do Touro, e também dos aglomerados abertos da Plêiades e das Híades após as 20:00

06-07/11 – Lua minguante próxima às estrelas Castor e Pollux (alfa e beta da constelação de Gêmeos) nascendo no horizonte leste no início da madrugada 

08/11 – Lua em quarto minguante visível a partir da 01:00 nascendo no horizonte leste

09/11 – Lua minguante próxima à estrela Regulus, a mais brilhante da constelação do Leão, após 01:30 nascendo no horizonte leste

12/11 – Máxima atividade da chuva de meteoros Taurídeos Boreais a partir da 01:00 da manhã na região da constelação do Touro. ATENÇÃO: a previsão é de cerca de 5 meteoros por hora. 

12/11 – Conjunção entre a Lua minguante e o planeta Vênus visível no horizonte leste a partir das 04:00 da madrugada

13/11 – Conjunção entre a Lua minguante, os planetas Vênus e Mercúrio e a estrela Spica, a mais brilhante da constelação da Virgem, visível brevemente nascendo no horizonte leste entre as 4:30 e o nascer do Sol

15/11 – Lua nova, não visível no céu noturno

16/11 – Conjunção entre o planeta Vênus e a estrela Espica, a mais brilhante da constelação da Virgem, visível brevemente nascendo no horizonte leste entre as 4:30 e o nascer do Sol

17/11 – Máxima atividade da chuva de meteoros Leonídeos ao longo da madrugada na região da constelação do Leão. ATENÇÃO: a previsão é de cerca de 15 meteoros por hora. 

18-19/11 – Conjunção entre a Lua crescente e os planetas Júpiter e Saturno ao anoitecer

21-22/11 – Máxima atividade da chuva de meteoros Alfa-Monocerotídeos ao longo da madrugada na região da constelação do Unicórnio. ATENÇÃO: a taxa de meteoros por hora é variável. 

22/11 – Lua em quarto crescente visível após o por do Sol

25/11 – Conjunção entre a Lua crescente e o planeta Marte ao anoitecer

28/11 – Máxima atividade da chuva de meteoros Orionídeos de Novembro visível ao final da noite. ATENÇÃO: a previsão é de cerca de 3 meteoros por hora. 

29/11 – Conjunção entre a Lua quase cheia, a estrela Aldebarã (a mais brilhante da constelação do Touro) e os aglomerados abertos da Plêiades e das Híades ao anoitecer

30/11 – Lua cheia visível no céu ao longo de toda a noite e madrugada

30/11 – Eclipse penumbral da Lua ao fim da madrugada e início da manhã. ATENÇÃO: eclipses penumbrais NÃO SÃO perceptíveis a olho nu. 

Observe o fenômeno da luz cinérea da Lua minguante entre os dias 10 e 13, do início da madrugada até o amanhecer, e da Lua crescente entre os dias 17 e 20, ao anoitecer.

Mercúrio está pouco visível pouco antes do nascer do Sol, a depender da localização do observador.

Júpiter e Saturno podem ser observados no alto do céu, próximos ao zênite, a partir do anoitecer e até cerca de 22:00 da madrugada ao longo de todo o mês. 

Marte nasce ao por do Sol e pode ser visto até cerca de 03:00 da madrugada. Procure pelo ponto mais brilhante do céu, de cor avermelhada.

Vênus é visível nascendo no horizonte leste após as 04:00 da madrugada.

Tem alguma dúvida de observação? Viu algo estranho no céu? Quer entender melhor como começar a observar? Mande sua dúvida ou comentários para nossa equipe através das nossas redes sociais!