Efemérides foram computadas usando as bibliotecas astropy e astroquery em Python e o software Occult v4.
Data e Hora | Evento
2024-08-01 02 | Lua mais ao norte (28.5°)
2024-08-02 19 | Pollux 1.8°N da Lua
2024-08-04 04 | Mercúrio estacionário
2024-08-04 08 | LUA NOVA
2024-08-04 14 | Marte 4.9°N de Aldebarã
2024-08-05 02 | Vênus 1.0°N de Regulus
2024-08-05 18 | Regulus 2.7°S da Lua
2024-08-05 20 | Vênus 1.6°S da Lua
2024-08-07 23 | Mercúrio 5.8°S de Vênus
2024-08-08 21 | Lua no apogeu
2024-08-10 07 | Spica 0.6°S da Lua Ocultação(*)
2024-08-11/12 | Pico da chuva de meteoros Perseídeos (ZHR > 50)
2024-08-12 12 | QUARTO CRESCENTE
2024-08-14 02 | Antares 0.0°N da Lua Ocultação(*)
2024-08-14 12 | Marte 0.3°N de Júpiter
2024-08-14 12 | Mercúrio 5.2°S de Regulus
2024-08-15 16 | Lua mais ao sul (-28.5°)
2024-08-17 19 | Plutão 1.5°N da Lua
2024-08-18 22 | Mercúrio em conjunção inferior
2024-08-19 15 | LUA CHEIA
2024-08-20 23 | Saturno 0.4°S da Lua Ocultação(**)
2024-08-21 02 | Lua no perigeu
2024-08-21 18 | Netuno 0.6°S da Lua Ocultação(*)
2024-08-25 19 | Urano 4.3°S da Lua
2024-08-26 06 | QUARTO MINGUANTE
2024-08-27 08 | Júpiter 5.6°S da Lua
2024-08-27 20 | Marte 5.3°S da Lua
2024-08-27 21 | Mercúrio estacionário
2024-08-28 07 | Lua mais ao norte (28.6°)
2024-08-30 01 | Pollux 1.7°N da Lua
(*) Evento não visível do Brasil.
(**) Evento visível de parte do Brasil. Ver mapa.
Os planetas em Agosto/2024
Posição dos planetas em agosto/2024. Clique para ampliar. [Mapa gerado em Python 3/Astropy/Matplotlib. crédito: Wandeclayt M./@ceuprofundo].
Posição dos planetas em agosto/2024. Clique para ampliar. [Mapa gerado em Python 3/Astropy/Matplotlib. crédito: Wandeclayt M./@ceuprofundo].
Posição dos planetas em agosto/2024. Clique para ampliar. [Mapa gerado em Python 3/Astropy/Matplotlib. crédito: Wandeclayt M./@ceuprofundo].
Mercúrio inicia agosto visível no horizonte oeste logo após o pôr do Sol, mas a partir do dia 4 (Mercúrio estacionário) volta a se aproximar do Sol e atinge a conjunção inferior (quando o planeta encontra-se à frente do Sol, para um observador na Terra) no dia 19.
Mercúrio, Regulus (alfa leonis) e Vênus sobre a Serra da Mantiqueira, fotografados de São José dos Campos (São Paulo) em 31/07/2024. [wandeclayt m./@ceuprofundo]
Mercúrio, Regulus (alfa leonis) e Vênus sobre a Serra da Mantiqueira, fotografados de São José dos Campos (São Paulo) em 31/07/2024. [wandeclayt m./@ceuprofundo]
Mercúrio, Regulus (alfa leonis) e Vênus sobre a Serra da Mantiqueira, fotografados de São José dos Campos (São Paulo) em 31/07/2024. [wandeclayt m./@ceuprofundo]
A combinação dos movimentos orbitais de Mercúrio e da Terra faz com que o pequeno planeta aparente estar se movendo no sentido oposto ao seu movimento real durante a maior parte do mês de agosto.
Este movimento retrógrado é apenas um efeito de perspectiva: o movimento orbital real de Mercúrio corresponde à linha azul no gráfico à esquerda na imagem abaixo. A linha verde corresponde ao movimento da Terra.
Movimento orbital dos planetas em agosto/2024 em coordenadas heliocêntricas. Clique na imagem para ampliar. [ Imagem gerada com Python 3/Astroquery/Matplotlib e dados do JPL-Horizons. Crédito: Wandeclayt M./@ceuprofundo].
Movimento orbital dos planetas em agosto/2024 em coordenadas heliocêntricas. Clique na imagem para ampliar. [ Imagem gerada com Python 3/Astroquery/Matplotlib e dados do JPL-Horizons. Crédito: Wandeclayt M./@ceuprofundo].
Movimento orbital dos planetas em agosto/2024 em coordenadas heliocêntricas. Clique na imagem para ampliar. [ Imagem gerada com Python 3/Astroquery/Matplotlib e dados do JPL-Horizons. Crédito: Wandeclayt M./@ceuprofundo].
Marte e Júpiter
Marte e Júpiter protagonizam um belo encontro no dia 14/08, com os dois planetas se aproximando o suficiente para aparecerem juntos na ocular do telescópio. Abaixo, na imagem simulada do software Stellarium vemos o campo de uma ocular de 26mm num telescópio Schmidt-Cassegrain de 203 mm de diâmetro com relação focal f/10.
Conjunção Marte-Júpiter em 14 de agosto. Simulação da visão através de telescópio Schmidt-Cassegrain de 203 mm de diâmetro f/10, com ocular de 26 mm (com campo aparente de 52º). [Céu Profundo/Stellarium]
Saturno
Saturno volta timidamente ao céu da primeira metade da noite e é o palco dois grandes eventos: primeiro uma desafiadora observação na madrugada do dia 01/08: o trânsito do satélite Titã em frente ao disco do planeta. (os diagramas gerados pelo software Occult 4 estão no final deste post.
O segundo evento relevante para Saturno em agosto é uma ocultação do planeta pela Lua, na noite de 20 para 21 de agosto. Na América do Sul, a ocultação é visível na região em cinza no mapa abaixo, o que inclui a região Norte e partes das regiões Nordeste e Centro-Oeste.
Horários aproximados para ocultação e reaparecimento de Saturno para cidades selecionadas na ocultação de 20 de agosto. Simulação: Stellarium [Wandeclayt M./@ceuprofundo]
Horários aproximados para ocultação e reaparecimento de Saturno para cidades selecionadas na ocultação de 20 de agosto. Simulação: Stellarium [Wandeclayt M./@ceuprofundo]
Horários aproximados para ocultação e reaparecimento de Saturno para cidades selecionadas na ocultação de 20 de agosto. Simulação: Stellarium [Wandeclayt M./@ceuprofundo]
Perseídeos
A chuva de meteoros mais popular do hemisfério norte, formada por restos do cometa 109P/Swift-Tuttle, inevitavelmente invadirá os sites de notícias com títulos chamativos. Mas é bom controlar as expectativas: para observadores no hemisfério sul esta não é uma chuva muito promissora.
O radiante ( o ponto do céu de onde a trajetória dos meteoros parece irradiar) ao norte da constelação de Perseu fica muito baixo no horizonte norte para observadores no hemisfério austral. Feita essa advertência, passar a noite sob um céu estrelado caçando meteoros é sempre uma boa experiência.
Não espere ver o mesmo número de meteoros que um observador na Europa ou na América do Norte, mas encontre um local afastado da poluição luminosa e recline-se em uma cadeira de praia o outra superfície que permita ter uma ampla visão do céu. O pico da atividade da chuva ocorre na madrugada de 11 para 12 de agosto.
Um mês repleto de encontros planetários visíveis de todo o Brasil, com um eclipse solar visível apenas no Hemisfério Norte e com o promissor cometa 12P/Pons-Brooks chegando ao periélio. Prepare a agenda para não perder nenhum dos espetáculos em cartaz no céu durante o mês de abril!
Calendário Astronômico
As efemérides foram computadas usando as bibliotecas astropy e astroquery em scripts Python e o software Occult v4.
Data Evento
2024-04-01 05h - Lua no ponto mais ao sul (-28.6°)
2024-04-01 19h - Mercúrio estacionário
2024-04-02 00h - QUARTO MINGUANTE
2024-04-03 09h - Plutão 2.1°N da Lua
2024-04-03 10h - Vênus 0.3°S de Netuno
2024-04-06 03h - Marte 1.7°N da Lua
2024-04-06 07h - Saturno 1.0°N da Lua
2024-04-07 05h - Netuno 0.3°N da Lua
2024-04-07 13h - Vênus 0.4°S da Lua
2024-04-07 14h - Lua no perigeu
2024-04-08 15h - LUA NOVA
2024-04-08 - Eclipse Solar - Não visível do Brasil.
2024-04-08 23h - Mercúrio 1.9°N da Lua
2024-04-10 16h - Júpiter 3.7°S da Lua
2024-04-10 17h - Marte 0.4°N de Saturno
2024-04-10 19h - Urano 3.4°S da Lua
2024-04-11 19h - Mercúrio em conjunção inferior.
2024-04-13 19h - Lua no ponto mais ao norte (28.6°)
2024-04-15 11h - Pollux 1.5°N da Lua
2024-04-15 16h - QUARTO CRESCENTE
2024-04-18 11h - Regulus 3.3°S da Lua
2024-04-19 07h - Mercúrio 1.7°N de Vênus
2024-04-19 23h - Lua no apogeu
2024-04-20 23h - Júpiter 0.5°S de Urano
2024-04-21 00h - Cometa 12P/Pons-Brooks no periélio.
2024-04-23 00h - Spica 1.3°S da Lua
2024-04-23 20h - LUA CHEIA
2024-04-24 05h - Mercúrio estacionário
2024-04-26 17h - Antares 0.3°S da Lua
2024-04-28 11h - Lua no ponto mais ao sul (-28.5°)
2024-04-29 01h - Marte 0.1°N de Netuno
2024-04-30 15h - Plutão 2.0°N da Lua
ABRIL NA HISTÓRIA
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7 - Missões Espaciais: Mars Odyssey foi lançada em 7 de abril de 2001.
10 - Descobertas/Eventos: Em 2019, a primeira imagem de um buraco negro foi publicada pelo Event Horizon Telescope.
10 - Missões Espaciais: BepiColombo realizou um sobrevoo da Terra em 10 de abril de 2020 aproveitando a gravidade terrestre para ganhar energia em sua jornada até Mercúrio, com entrada em órbita programada para 2025.
11 - Missões Espaciais: Apollo 13 foi lançada em 11 de abril de 1970.
12 - Astrônomos e Físicos: Charles Messier morre em Paris, em 12 de abril de 1730, aos 86 anos. Seu catálogo de objetos nebulosos é uma referência para astrônomos amadores.
12 - Missões Espaciais: STS-1 Columbia, o primeiro voo do Programa de Ônibus Espaciais da NASA, lançado em 12 de abril de 1981.
12 - Missões Espaciais: Yuri Gagarin - Vostok 1, em 12 de abril de 1961, tornou Yuri Gagarin o primeiro ser humano a viajar para o espaço.
14 - Astrônomos e Físicos: Christiaan Huygens nasceu em 14 de abril de 1629.
17 - Descobertas/Eventos: Em 2014, astrônomos anunciaram a descoberta do exoplaneta Kepler-186f. Primeiro planeta de dimensões comparadas à Terra encontrado na zona habitável de uma estrela.
23 - Astrônomos e Físicos: Max Planck nasceu em 23 de abril de 1858.
24 - Missões Espaciais: Telescópio Espacial Hubble foi lançado em 24 de abril de 1990.
25 - Astrônomos e Físicos: Guglielmo Marconi nasceu em 25 de abril de 1874.
Apesar do padre brasileiro Landell de Moura ter realizado com sucesso experimentos com telecomunicações via ondas de rádio nos primeiro anos da década de 1890, Marconi é considerado mundialmente como o pioneiro na radiotelegrafia desenvolvendo equipamentos que dariam origem a comunicação por rádio moderna.
O Cometa Pons-Brooks sobe ao palco!!
Órbita do cometa 12P/Pons-Brooks (em branco). Visualização gerada no visualizador de órbitas do sistema JPL-Horizons.
A órbita da Terra e a dos demais planetas está contida aproximadamente no mesmo plano, a eclíptica. Assim, é sempre nas proximidades dessa faixa do céu definida pela órbita terrestre que encontraremos todos os planetas e muitos dos outros objetos do Sistema Solar. É comum no entanto encontrarmos cometas com órbitas muito inclinadas em relação ao plano da eclíptica. É o caso do cometa 12P/Pons-Brooks que tem sua órbita com inclinação de 74º em relação ao plano da órbita terrestre e quase que inteiramente ao norte da eclíptica. As consequências dessa geometria e do fato de vivermos em um planeta esférico é que nos meses que antecedem o periélio, a máxima aproximação com o Sol, do 12P/Pons-Brooks, a observação é bem desfavorável para observadores no hemisfério sul.
A notícia boa é que ao atingir o periélio o 12P já estará numa posição menos desfavorável para observação abaixo do equador. Após o periélio o cometa segue em direção ao hemisfério sul celeste, permitindo que sejamos os últimos a observá-lo enquanto se afasta do Sol.
E vamos poder vê-lo a olho nu?
Certamente vai ser possível vê-lo com binóculos. A projeção de magnitude 4 ao redor do periélio coloca seu brilho bem dentro dos limites do que podemos observar a olho nu, mas cometas são objetos de brilho difuso e o 12P aparecerá próximo ao horizonte logo após o pôr do Sol nas semanas que antecedem e sucedem o periélio. O céu ainda não completamente escuro e a pequena elevação do cometa sobre o horizonte adicionam uma dificuldade extra à observação. É possível sim vê-lo a olho nu, mas busque locais com horizonte desobstruído e acompanhe nossas redes sociais para dicas de observação assim que o cometa estiver mais evidentes em nossas latitudes.
Os dados disponibilizados pelos membros da rede de observação de cometas COBS mostra a evolução do brilho do cometa 12P/Pons-Brooks e projeta magnitude 4 no período próximo ao periélio. [ fonte: https://cobs.si/home/]
Os Planetas.
Aproveite para observar o Júpiter ao anoitecer. Abril é o mês da despedida do Gigante Gasoso do céu noturno. E pelos próximos meses teremos os planetas mais brilhantes visíveis apenas durante a madrugada. Então prepare-se para cair cedo da cama se quiser acompanhar as sempre belas conjunções entre a Lua e os planetas.
Céu de São José dos Campos, às 19h do dia 7 de abril de 2024. O Norte está no topo e o Leste à esquerda. [diagrama: @ceuprofundo, gerado no Stellarium]
No diagrama abaixo vemos a evolução dos planetas e do cometa Pons-Brooks no céu durante o mês de abril. Clique na imagem para ampliar.
Planetas e cometa 12P/Pons-Brooks durante o mês de abril. Clique na imagem para ver em tamanho original. [gráfico: Wandeclayt M./Céu Profundo]
Planetas e cometa 12P/Pons-Brooks durante o mês de abril. Clique na imagem para ver em tamanho original. [gráfico: Wandeclayt M./Céu Profundo]
Planetas e cometa 12P/Pons-Brooks durante o mês de abril. Clique na imagem para ver em tamanho original. [gráfico: Wandeclayt M./Céu Profundo]
Conjunções
Ao amanhecer do dia 6 de abril, a Lua com 8% de sua face visível iluminada vai compor um belo quadro ao lado de Saturno e Marte. Mais baixo no horizonte, Vênus completa a composição. É uma bela oportunidade para emoldurar três planetas e a Lua incluindo a paisagem.
Ao amanhecer do dia 6 de abril, a Lua, com 8% de sua face visível iluminada ao lado de Saturno. [imagem: gráfico gerado no Stellarium. Wandeclayt M.]
Na madrugada de 10 de abril uma oportunidade rara de ver dois planetas através da ócular do telescópio. Se você é capaz de ver a lua inteira na ocular, poderá ver simultaneamente Marte e Saturno no mesmo campo. Na imagem abaixo simulamos no Stellarium a visão com um telescópio de 200 mm de abertura, f/6 com ocular de 26mm.
Marte e Saturno pela ocular do telescópio. Simulação no software Stellarium [ Wandeclayt M./Céu Profundo]
No dia 29 de abril o encontro é entre Marte e Netuno, com os planetas ainda mais próximos no campo da ocular. É uma boa oportunidade de identificar Netuno no céu.
Marte e Netuno no campo da ocular, em 29 de abril. Simulação no software Stellarium. [Wandeclayt M./Céu Profundo]
Júpiter e Urano também se cruzam no dia 20 de abril, mas com os planetas muito próximos do horizonte ao pôr do Sol.
Satélites de Júpiter
Configuração dos satélites galileanos de Júpiter durante o mês de abril. O diâmetro de Júpiter é representado pela faixa central. As curvas representam a posição aparente dos satélites em relação ao disco do planeta. Gráfico gerado em https://pds-rings.seti.org/tools/tracker3_jup.shtml
Na dança dos planetas, Júpiter reina soberano e solitário nas noites de março enquanto Saturno, após a conjunção em 28 de fevereiro, se junta a Vênus e Marte nas madrugadas.
Março também é o mês do equinócio vernal, marcando o início do outono no hemisfério sul e da primavera no hemisfério norte. O outono inicia às 00:06 (Horário de Brasília) do dia 20 de março. Nos equinócios, a noite e o dia claro tem a mesma duração e ambos os hemisférios estão igualmente iluminados. Os equinócios de outono e da primavera, são também os únicos dias do ano em que o Sol nasce e se põe exatamente nos pontos cardeais leste e oeste, respectivamente. E um experimento interessante a ser feito é marcar exatamente os pontos do nascente e do poente nesses dias, para comparar com o nascente e o poente nos dias seguintes até os limites dos solstícios de inverno e de verão, quando o Sol atinge posições extremas ao norte e ao sul.
Ao anoitecer, a constelação de Órion está alta no céu, tornando a Grande Nebulosa de Órion (M42) um alvo ideal para pequenos telescópios, mesmo em regiões com alguma poluição luminosa. Os aglomerados estelares Plêiades e Híades, em Touro seguem também visíveis até o fim do mês, nas primeiras horas da noite.
Céu de São José dos Campos, às 20h do dia 15 de março de 2024. O Norte está no topo e o Leste à esquerda. [diagrama: @ceuprofundo, gerado no Stellarium]
A constelação do Escorpião, que nasce por volta da meia-noite no início de março, é o palco de uma bela ocultação, visível de grande parte do Brasil na madrugada do domingo 03: A Lua ocultará Antares, o coração do Escorpião, em um evento que privilegiará observadores em cidades nas regiões Norte e Centro-Oeste. Veja detalhes mais abaixo.
As efemérides foram computadas usando as bibliotecas astropy e astroquery em scripts Python e o software Occult v4. Boas observações!
Data Evento
2024-03-03 5h - Antares 0.4° S da Lua (ocultação visível do Brasil)
2024-03-03 12h - Lua minguante
2024-03-04 22h - Lua mais ao sul (-28.5°)
2024-03-06 23h - Plutão 2.1° N da Lua
2024-03-08 3h - Marte 3.2° N da Lua
2024-03-08 12h - Mercúrio 0.4° N de Netuno
2024-03-08 15h - Vênus 3.0° N da Lua
2024-03-09 15h - Saturno 1.3° N da Lua
2024-03-10 4h - Lua no Perigeu (356893.64 km)
2024-03-10 5h - Lua nova
2024-03-10 16h - Netuno 0.4° N da Lua
2024-03-11 00h - Mercúrio 0.9° N da Lua
2024-03-13 20h - Júpiter 3.3° S da Lua
2024-03-14 7h - Urano 3.2° S da Lua
2024-03-17 1h - Lua crescente
2024-03-17 9h - Netuno em conjunção.
2024-03-17 11h - Lua mais ao norte (28.5°)
2024-03-19 3h - Pollux 1.5° N da Lua
2024-03-20 00h - Equinócio de Outono (Hemisfério Sul)
2024-03-21 20h - Vênus 0.3° N de Saturno
2024-03-22 5h - Regulus 3.3° S da Lua
2024-03-23 12h - Lua no Apogeu (406306.97 km)
2024-03-24 17h - Mercúrio em máxima elongação leste(19°)
2024-03-25 3h - Lua cheia (Eclipse)
2024-03-26 18h - Spica 1.3° S da Lua
2024-03-30 12h - Antares 0.3° S da
MARÇO NA HISTÓRIA
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MARÇO
07 - (1792) Nascimento de John Herschel, astrônomo que originou o uso do sistema juliano na astronomia. Ele nomeou sete luas de Saturno e quatro luas de Urano.
09 - (1934) Nascimento de Yuri Gagarin (URSS), primeiro humano a viajar ao espaço.
11 - (1811) Nascimento de Urbain Le Verrier, astrônomo responsável pela previsão da localização de um oitavo planeta solar, agora chamado Netuno.
13 - (1781) Descoberta de Urano pelo astrônomo William Herschel.
13 - (1855) Nascimento de Percival Lowell, iniciou as pesquisas que levaram à descoberta do planeta Plutão.
16 - (1750) Nascimento de Caroline Herschel, astrônoma, primeira mulher a receber pagamentos para realizar pesquisas astronômicas.
18 - (1965) Alexei Leonov (URSS) se torna o primeiro ser humano a realizar um caminhada espacial (Atividade Extraveicular)
19 - (2023) Lançamento do foguete HANBIT-TLV da empresa coreana INNOSPACE a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
27 - (1969) Lançamento da sonda Mariner 7, para Marte.
2024-03-03 Ocultação de Antares pela Lua
Ocultação de Antares pela Lua na madrugada de 2024-03-03 [mapa: Carolina da Silveira, gerado no Occult4]
O mapa acima mostra a região de visibilidade da ocultação da estrela Antares (alfa do Escorpião) na madrugada do dia 3 de março. Na região compreendida entre as linhas brancas, o evento acontece com céu escuro. Entre as linhas azuis, evento acontece no crepúsculo matutino e amanhecer. Entre as linhas vermelhas tracejadas o evento acontece com céu claro. Nas regiões vizinha a área de visibilidade da ocultação, a conjunção entre Lua e Antares também é um espetáculo digno de ser observado! Então, de qualquer lugar do Brasil, não perca a oportunidade de registrar este evento antes do nascer do Sol.
Satélites de Júpiter
Configuração dos satélites galileanos de Júpiter durante o mês de março. O diâmetro de Júpiter é representado pela faixa central. As curvas representam a posição aparente dos satélites em relação ao disco do planeta.
Julia Brazolim: Um tempo atrás um anúncio abalou uma esfera da internet pois uma marca super famosa lançou um tênis similar ao clássico All Star, mas um pouco mais… destruído e por um preço inaudível. As pessoas ficaram indignadas. Mas entrando ou não no âmago da arte desconstruída na moda, esses dias eu tive uma ideia que me custou apenas R$38. Vou dar um breve contexto.
Eu sempre gostei de comprar All Star, substituindo os pares ao longo dos anos. E certo dia, eu estava olhando pra um dos meus pares mais antigos e encontrei rasgos atrás. Como minha vontade em customizar coisas é muito alta, na hora tive a ideia de passar a fita Silver.
Julia usando o All Star após o uso da fita no tênis
Brevíssima história da Fita Silver
A Silver Tape ou a famosa fita prateada usada tão comumente em filmes de ação, seja pra prender alguém como refém ou pra prender dinamites, foi criada pela operária norte-americana Vesta Stoudt no início dos anos 40 durante a Segunda Guerra Mundial. Ela enfrentou um problemão durante o processo de embalagem das munições de armas para enviar pros soldados, já que não era prático abrir no meio da guerra e dificultava o carregamento no meio da batalha. Então, ela decidiu criar uma solução. Vesta enviou a ideia e o requerimento da produção da fita em uma carta pro então Presidente Franklin D. Roosevelt, que achou incrível e pediu pro Conselho de Produção de Guerra começar a produzir. Depois ela até ganhou um prêmio pela invenção e teve sua patente.
Foto de Vesta Stoudt. Créditos: The Chicago Sunday Tribune (24/10/1943) e Kilmerhouse
E não parou por aí. Exatamente por ser super eficiente já que a fita consegue colar em superfícies ásperas, lisas e irregulares, é feita com um tecido e também super prática pra rasgar até com a mão (ou uso dos dentes), Silver Tape passou a ser usada pela sociedade pra tampar buracos, dutos de aquecimento e tudo o que precisasse. Inclusive, numa missão espacial.
Uma fita. Uma missão. Apollo 17!
Wandeclayt: Um dos itens mais versáteis e úteis entre os aparatos levados a bordo das missões espaciais opera verdadeiros milagres em pequenos (ou não tão pequenos) reparos também aqui na Terra.
E afirmamos com tranquilidade que esse é o item mais poderoso no universo das gambiarras dos reparos emergenciais, capaz de sanar vazamentos, reparar estruturas, compor adaptações ou simplesmente remendar aquele confortável tênis velho ou aquele paralamas danificado do seu jipe lunar!
A multi talentosa fita prateada carrega em seu currículo, além do tênis All Star da Julia, a façanha de ter participado de uma adaptação que salvou a vida dos astronautas da Apollo 13 após uma explosão num tanque de oxigênio ainda a caminho da Lua e o mérito de ter garantido o cumprimento de todos os objetivos da Apollo 17, após um acidente que inviabilizaria a continuidade da exploração da bordo do jipe lunar.
Veja as fotos a seguir e olha como as fitas estão sendo usadas:
crédito: NASA (AS17-147-22526)crédito: NASA (AS17-135-20542)NASA (AS17-137-20979)
Julia: E é uma baita fita resistente! Como eu moro no litoral, meu receio era de que a areia tirasse a cola da fita e descolasse tudo. Mas não. Tá coladinha 🙂 Aqui um gif deu caminhando tranquilamente com o tênis:
E você? Qual foi o uso mais inusitado que você fez da fita Silver?
Esta publicação foi feita em collab com o projeto Missão Exoplaneta 🙂
Vamos começar o texto com uma grande ADVERTÊNCIA: O ECLIPSE COMEÇA NA NOITE DE DOMINGO! E precisava ser em caixa alta e negrito? Precisava! Como o máximo do eclipse acontece na madrugada do dia 16 (segunda-feira), não queremos correr o risco de deixar ninguém achando que é pra começar a observar na noite de segunda! Já pensou, perder o melhor eclipse lunar para observadores no Brasil dos últimos anos?
Na noite de domingo pra segunda, a Lua cheia, cruzando o plano da órbita terrestre – o plano que não por coincidência chamamos de eclíptica, afinal, é nele que ocorrem os eclipses – passará pela sombra da Terra, produzindo o que há milênios permitiu que tivéssemos certeza de que a Terra é uma esfera! Como? Essa é fácil: a sombra que a Terra projeta durante os eclipses é sempre circular e o único objeto que sempre projeta uma sombra circular, não importa como seja iluminado, é uma esfera.
Agora vamos ao que importa para a observação! A imagem acima detalha os horários de cada ponto importante do eclipse (no horário de Brasília) e valem pra qualquer observador que consiga ver a Lua nesses horários, ou seja (se a meteorologia não atrapalhar), todo o Brasil!
A fase penumbral do eclipse se inicia às 22:32, mas essa é uma fase praticamente imperceptível. A queda no brilho da Lua é muito pequena e apenas com o eclipse mais avançado vai ficar mais evidente que algo diferente está acontecendo. É só às 23:27 que a Lua toca a umbra, a região mais escura e com contorno definido da sombra terrestre. A partir daí percebemos a mordida da sombra na Lua cheia.
Como Observar?
Para observar um eclipse lunar não é necessário nenhum instrumento e, ao contrário dos eclipses solares, não é preciso usar nenhum tipo de proteção. É seguro observar toda a duração do eclipse a olho nu. Mas se você tem instrumentos à disposição, telescópios e binóculos podem ser usados e com eles é possível inclusive perceber melhor o deslocamento da sombra da Terra pelas crateras e outras formações da superfície lunar. Experimente cronometrar os eventos mais importantes, como o início da parcialidade, quando a Lua toca o contorno da sombra da Terra (início do eclipse parcial), quando ela entra completamente na sombra (totalidade) e quando ela começa a deixar a sombra até o fim da parcialidade. Você pode também cronometrar os instantes em que a sombra toca a borda de uma cratera e o instante em que a cratera é completamente encoberta.
A única coisa que pode realmente impedir uma boa experiência na observação do eclipse é um céu encoberto. Mas o Observatório Nacional reunirá em seu canal no youtube, numa edição especial do já tradicional O Céu em Sua Casa, a transmissão de vários observatórios espalhados pelo país e certamente vários deles terão belas imagens para compartilhar durante o evento! Fique de olho na transmissão a partir das 23h15.
A face visível da Lua é marcada por vastas planícies escuras que contrastam com o terreno mais claro e mais acidentado do restante da superfície lunar. Apesar de não haver água no estado líquido na superfície da Lua, essas regiões recebem o nome de oceanos, mares, lagos e baías.
A face visível da Lua (imagem da esquerda) e seu lado oculto (à direita) em mosaico composto por imagens da Lunar Reconnaissance Orbiter [crédito: NASA]
Por se tratar de regiões mais jovens do terreno, os mares exibem menos crateras de impacto que as regiões mais antigas e elevadas. Além disso, os mares possuem albedo mais baixo, refletindo menos luz e parecendo mais escuros, destacando-se – mesmo a olho nu – contra o terreno mais claro.
Os primeiros mapas a nomear acidentes do relevo lunar datam do século XVII e já registravam as planícies basálticas como mares e oceanos. Os mapas de Langrenus (1645), Hevelius (1647) e Riccioli (1651) traziam denominações distintas para os mares e para as demais formações da topografia da Lua. O sistema adotado por Riccioli é o que mais se aproxima da nomenclatura moderna, padronizada pela União Astronômica Internacional a partir da aprovação do mapa e catálogo Named Lunar Formations compilado por Mary Blagg e Karl Müller e publicado em 1935.
Mapa da Lua publicado em 1645 por Michael von Langren, o primeiro a atribuir nomes a formações da topografia lunar.Mapa da Lua de Johanes Hevelius, publicado em 1647 na obra Selenographia.Mapa lunar desenhado por Grimaldi e publicado por Giovanni Battista Riccioli no Almagestum Novum em 1651 [ETH-Bibliothek Zürich ]
O atlas de Blagg e Müller foi um primeiro passo na universalização da nomenclatura lunar, mas o aumento da resolução das fotografias lunares capturadas em telescópios terrestres e o mapeamento do lado oculto da Lua por espaçonaves exigiu sucessivas atualizaçoes nos mapas lunares nas décadas seguintes. Um curioso episódio seguiu o envio das primeiras imagens da face oculta da Lua pela sonda soviética Luna 3. Os cientistas soviéticos batizaram uma das raras planícies basálticas naquele lado da Lua de Mare Moscoviense, quebrando a tradição de nomear mares com nomes relacionados a àgua (Mar das Chuvas, Oceano das Tempestades…) ou a estados de espírito (Mar da Tranquilidade, Mar da Serenidade…) para o desconforto dos mais apegados à nomenclatura histórica.
A Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU General Assembly) de 1961 estabeleceu que além das regras em voga, ficasse estabelecido que: “Grandes áreas escuras são designadas por denominações em latim referentes a estados de espírito. Estes nomes são associados, de acordo com as regras de declinação e grafia do latim, aos substantivos apropriados: Oceanus, Mare, Lacus, Palus or Sinus. (As exceções Mare Humboldianum e Mare Smythii são mantidas, por estarem consagradas pelo uso). “
“Large dark areas are designated in Latin denominations calling up psychic states of minds. These names are associated, according to the Latin declination ruIes and spelling, to one of the appropriate substantives: Oceanus, Mare, Lacus, Palus or Sinus. (The exceptions, Mare Humboldianum and Mare Smythii, are preserved, due to long usage).” [XIth General Assembly. Berkeley, USA 1961]
A solução para o impasse soviético veio daí! Reza a lenda que o astrônomo Aldouin Dollfus, muito diplomaticamente, estabeleceu que o nome Mare Moscoviense estava de acordo com a regra, porque Moscou é um “estado de espírito”.
Mapa topográfico da Lua criado a partir de dados da sonda chinesa Chang-E1.
– Marte a menos de 3º das Plêiades (Visível a partir do pôr do Sol durante toda a semana)
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– Lua Minguante (22:30) – Conjunção entre Júpiter e Mercúrio (menos de 0.5º) visível sobre o horizonte leste antes do nascer do Sol.
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– Lua, Saturno, Júpiter e Mercúrio juntos no horizonte leste antes do nascer do Sol. Visível até o dia 11/03.
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– Lua Nova (07:21)
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– Lua no apogeu (405,3 mil km)
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– Lua a menos de 2º de Marte (Visível após o pôr do Sol sobre o horizonte noroeste)
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– Início do Outono (Hemisfério Sul) – 06:37
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– Lua Crescente (11:40)
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– Lua Cheia (15:48)
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Marte a menos de 3º do aglomerado aberto M45 (Plêiades) na constelação de Touro, após o pôr do Sol do dia 03/03/2021. [simulação: Stellarium/Céu Profundo]Marte a menos de 3º do aglomerado aberto M45 (Plêiades) na constelação de Touro, após o pôr do Sol do dia 03/03/2021. [simulação: Stellarium/Céu Profundo]Júpiter e Mercúrio. Visão em telescópio de 1200mm de distância focal com ocular de 26mm. 05/03/2021 – Na direção do horizonte leste antes do nascer do Sol.Lua, Saturno, Júpiter e Mercúrio nos dias 09, 10 e 11/03 [simulação: Stellarium/Céu Profundo].
Depois da grande conjunção entre Júpiter e Saturno no fim de dezembro, a temporada de espetáculos planetários ao anoitecer chegou ao fim. Marte ainda segue visível durante a maior parte da noite, mas Júpiter e Saturno já não ornam o céu vespertino e na segunda quinzena de fevereiro ressurgem rasantes no horizonte leste ao amanhecer, ofuscados pelo brilho do Sol nascente. Mercúrio também poderá ser visto ao amanhecer, mas encontrá-lo é sempre um desafio em meio aos primeiros raios do Sol nascente.
Mas ainda assim há muito o que se observar no céu de fevereiro. Confiram em nossa agenda:
03/02/2021 – Lua 7º ao norte de Spica (alfa da Virgem). 04/02/2021 – Lua Minguante (15h) 06/02/2021 – Lua (32% iluminada) 6º ao norte de Antares (alfa do Escorpião) durante a madrugada.
Lua ao lado de Antares (Alfa do Escorpião) às 4 da manhã do dia 06/01/2021. Simulação para a cidade de São José dos Campos. [Stellarium/Ceu Profundo]
08/02/2021 – Máxima atividade da chuva de meteoros alfa-Centaurídeos (Taxa horária zenital 5~20) 11/02/2021 – Lua Nova (16h) 11/02/2021 – Vênus (magnitude -3.88) e Júpiter (magnitude -1.95) em conjunção. Visíveis sobre o horizonte leste pouco antes do nascer do Sol. 13/02/2021 – Júpiter, Venus, Mercúrio e Saturno visíveis ao nascer do Sol, sobre o horizonte leste. Os planetas estarão muito baixos sobre o horizonte e é necessário uma vista completamente desobstruída nessa direção para observá-los. 18/02/2021 – Lua a 3º de Marte. Visível a partir do pôr do Sol até às 22h30. 18/02/2021 – Pouso do Robô Perseverance em Marte. 19/02/2021 – Lua Crescente (16h) 19/02/2021 – Lua entre os aglomerados Plêiades e Híades.
Marte, Lua, Plêiades e Híades (Touro) no dia 19/01/2021. [Stellarium / Céu Profundo]
Um mês após o espetáculo exuberante da Grande Conjunção de Júpiter e Saturno em dezembro de 2020, uma dupla bem mais discreta se forma nos céu de janeiro, especialmente entre os dias 18 e 21: Marte e o distante Urano se alinham no céu noturno e oferecem uma excelente oportunidade para observação com binóculos ou pequenos telescópios.
Quando em oposição, Urano atinge magnitude 5.5, o que o coloca dentro do limite de visibilidade a olho nu para observadores em regiões muito escuras, longe da poluição luminosa das áreas urbanas. Mas isto não o torna um alvo fácil. Seu discreto tamanho angular não torna fácil diferenciá-lo das estrelas observadas no mesmo campo. Apenas o tom azul esverdeado o denuncia. Então, a presença de um objeto de referência, como Marte, torna mais fácil o trabalho de localizá-lo no céu, sobretudo para iniciantes.
Então vamos às dicas: a máxima aproximação acontece na noite do dia 20/01, quando os planetas estarão separados por pouco mais de 1,5º na esfera celeste. Isso corresponde a 6 vezes o diâmetro aparente da Lua Cheia.
Lua, Marte e Urano no dia 20/01/2021 [Simulação: Stellarium]
Na mesma data (20/01), a Lua também se junta à composição, passando a pouco menos de 7º ao Sul da dupla de planetas.
Lua, Marte e Urano no dia 20/01/2021 [Simulação: Stellarium]Céu sobre o horizonte noroeste às 20h do dia 20/01/2021 em São José dos Campos (SP) [simulação: Stellarium]
Para encontrar esses astros reunidos, olhe na direção noroeste por volta das 20h. Marte é o objeto mais brilhante e avermelhado nesta direção. Mas cuidado para não confundir: um pouco mais ao Norte, um outro astro vermelho pode chamar a atenção – Aldebaran, a estrela mais brilhante na constelação do Touro. A configuração não muda muito durante a semana e a única diferença significativa é a presença da Lua no dia 20.