O ano de 2023 se inicia com todos os planetas acima do horizonte no início da noite.
Mercúrio, a caminho da conjunção inferior (quando o planeta encontra-se entre a Terra e o Sol) no dia 07/01, só poderá ser visto pelos observadores mais afortunados que tenham o horizonte oeste desobstruído e livre de nuvens nos primeiros dias de janeiro. Na última semana de janeiro, o planeta mais interno de nosso Sistema Solar volta a ser visível antes do amanhecer, atingindo a máxima elongação a oeste no dia 30/01.
Você não vai notar, mas no dia 4 de janeiro a Terra atinge o periélio, a ponto de sua órbita mais próximo do Sol, a uma distância de pouco menos de 147,1 milhões de km. Isso é imperceptível para nós, já que a variação entro o periélio e o afélio (o ponto da órbita mais distante do Sol) é muito pequena. A órbita terrestre é de baixa excentricidade, quase circular. É bom lembrar que as estações do ano são causadas pela inclinação do eixo de rotação da Terra e não tem nenhuma relação com essa variação de distância (basta lembrar que enquanto é verão em um hemisfério é inverno no outro e vice-versa).
Vênus seguirá visível ao entardecer por todo o primeiro semestre, atingindo a elongação máxima a leste somente em junho.
Uma bela, mas desafiadora, conjunção ocorrerá no fim da tarde do dia 22/01: Vênus e Saturno se encontrarão com menos de meio grau de separação, o suficiente para serem vistos juntos na ocular do telescópio. O desafio está na posição dos planetas, muito baixos sobre o horizonte oeste ao pôr do Sol.
Com menos de meio grau separando Vênus e Saturno no dia 22/01, será possível observar os dois astros simultaneamente na ocular do telescópio.
Para os observadores dos Objetos do Céu Profundo, as Nuvens de Magalhães, o Complexo de Carina com suas regiões de emissão e aglomerados estelares surgem em todo seu esplendor já no início da noite. Galáxias como M83 e NGC 5128 (Centaurus A) também aguardam para ser observadas e imageadas. E não se esqueçam dos colossais aglomerados globulares 47 Tucanae e Omega Centauri.
Cometas
Você provavelmente vai ver imagens do cometa C/2022 E3 (ZTF) circulando. Aqui no Brasil as melhores condições de observação em janeiro são para as regiões Norte e parte do Nordeste e Centro-Oeste. Para latitudes mais ao sul, sua posição é desfavorável e somente em fevereiro teremos boas condições para observá-lo de todo o Brasil. Com direito a conjunção com Marte e Plêiades!
Data | Hora | Evento |
01/01 | Lua a 1º de Urano | |
02/01 | ||
03/01 | Lua em Conjunção com Marte (Máxima aproximação <0.5º, não visível no Brasil) | |
04/01 | 13:17 | Terra no Periélio (147,099 milhões de km). Aniversário de nascimento de Isaac Newton. |
05/01 | ||
06/01 | 20:07 | Lua Cheia |
07/01 | Mercúrio em conjunção inferior (Não observável). | |
08/01 | ||
09/01 | ||
10/01 | ||
11/01 | ||
12/01 | Cometa C/2022 E3 (ZTF) no periélio (1.11 UA). | |
13/01 | ||
14/01 | 23:10 | Lua Minguante |
15/01 | ||
16/01 | ||
17/01 | ||
18/01 | ||
19/01 | ||
20/01 | ||
21/01 | 17:53 | Lua Nova |
22/01 | Conjunção entre Vênus e Saturno ao entardecer (separação <0,5º). | |
23/01 | ||
24/01 | ||
25/01 | ||
26/01 | ||
27/01 | ||
28/01 | 23:32 | Lua Crescente |
29/01 | ||
30/01 | Mercúrio em máxima elongação a oeste (Visível ao amanhecer) | |
31/01 |